A activista social Josina Machel lançou recentemente um alerta firme e simbólico sobre o impacto devastador do abuso infantil no futuro do país. A afirmação “Nenhuma sociedade que abusa crianças tem futuro. Estamos a matar e abusar as flores que nunca murcham!” reacendeu o debate público sobre a urgência de proteger os menores em Moçambique.
As palavras da activista surgem num contexto em que o país continua a registar casos preocupantes de violência física, psicológica e sexual contra crianças, afectando diversas províncias e contextos sociais. Organizações que trabalham na área da proteção infantil têm vindo a destacar que o número de denúncias aumentou nos últimos anos, reflexo tanto da persistência do problema como de uma maior consciencialização pública.
A mensagem de Josina Machel sublinha a percepção de que o abuso infantil compromete directamente o desenvolvimento social, económico e humano de qualquer nação. Crianças que crescem expostas à violência enfrentam impactos duradouros que se refletem na saúde mental, no desempenho escolar e na integração social, dificultando a construção de comunidades seguras e equilibradas.
Especialistas e instituições ligadas aos direitos da criança defendem políticas públicas mais eficazes, incluindo programas de prevenção, mecanismos de denúncia acessíveis, respostas judiciais céleres e apoio psicológico adequado às vítimas. A cooperação entre famílias, escolas, autoridades e organizações da sociedade civil é apontada como essencial para travar este fenómeno.
A declaração de Josina Machel reforça a necessidade de um compromisso nacional contínuo para proteger os menores, reconhecendo que o futuro de Moçambique depende, em grande medida, da segurança e do bem-estar das suas crianças.
